segunda-feira, 4 de abril de 2011

Me formei, e agora? Por Elva Vieira


Quando agente se forma só tem uma pergunta na cabeça
E agora?
Enquanto somos estudantes temos a oportunidade de errar e aprender, mas depois de formado a coisa muda. Se estiver estagiando fica aquela duvida se vão te contratar (profissional formado é mais caro que estagiário), se estiver desempregado o desespero é maior.
Essa pergunta tem resposta e para respondê-la perguntei para alguns profissas que passaram ou estão passando por esse problema.
A primeira pessoa que enviou sua contribuição foi a Elva Vieira. Ela é formada em Jornalismo pela Unama, mestranda em comunicação, linguagens e cultura pela Unama e gerente de mídias sociais do O Liberal.

Passa o pano no texto da moça que tá só o filé


Foi uma luta pra me convencerem a participar da colação de grau como bacharel em comunicação social, habilitação em jornalismo. Não me sentia digna e nem preparada pra pegar um diploma. Comprei um anel de R$1,99, aluguei uma beca mofada e vamo lá. Olhava pros meus colegas de curso emocionados lá na colação e eu pensava “qual o papo?! Só eu que não tô satisfeita?!”.  

Enfim, peguei o diploma e... E o Supremo Tribunal Federal extingue a obrigatoriedade do diploma de jornalista. Ótimo, nasci pra me foder mesmo... Nem queria ser jornalista. Pra quê fui me vestir de galinha de macumba pra pegar esse diploma que não vale nada?

Tive só um estágio enquanto estudava, em uma assessoria de comunicação. Durou dois anos. Eu até que gostava, escrevia matéria pra site, fazia fotos, organizava eventos. Fiquei me martirizando por não ter me empenhado mais em conseguir outros estágios para aprender de verdade, já que eu não achava útil as tais aulas práticas na universidade.

Enquanto me desiludia com o jornalismo, encontrava abrigo nas pesquisas que aprendi a amar durante o TCC. Me debrucei sobre os estudos culturais: comunicação, sociabilidade urbana e novas tecnologias entre grupos de jovens.


Então minha orientadora me deu força para ingressar no mestrado. Passei. Larguei de mão o jornalismo para me dedicar à dissertação, que tratava da relação entre as festas trance e as comunidades virtuais, com enfoque na sociabilidade nessas duas instâncias. Descobri um mundo novo e fascinante, mas me frustrava quando via o nível intelectual de meus colegas de sala e olhava para mim: recém formada e zerada. Mas isso serviu para que eu me dedicasse mais aos estudos, pra um dia chegar ao nível deles e finalmente merecer um diploma.

Como eu precisava conhecer sobre as Redes sociais na web, comecei a me interessar pela área de Social Media. Tudo o que era matéria falando sobre isso eu ia atrás, fazia cadastro em todos os sites de relacionamentos para saber como funcionava.

Foi quando vi um anúncio no Twitter, de uma empresa fazendo seleção para trabalhar com Mídias Sociais. Enviei meu currículo, fiz a entrevista e fui chamada para trabalhar na Quarta Tela, uma empresa pequena com uma grande responsabilidade: melhorar a imagem de um grande jornal na Web por meio das Redes Sociais e alcançar a credibilidade de seu concorrente, que possuía um trabalho ótimo na rede. 


Um super desafio. Uma área nova. Um trabalho inédito. Web + jornal + sociabilidade. E aqui estou eu, completando um ano de trabalho com ações de Marketing e gerenciamento em Mídias Sociais entre erros e acertos. O salário nessa área não é lá dos melhores (não aqui em Belém), mas trabalhar com o que a gente gosta já vale todo o esforço, né? E quando você vê uma ação sua dando certo, então?!

A partir da minha experiência depois de formada, posso dizer: as oportunidades estão onde você menos espera, é só saber aproveitá-las. Se você gostar mesmo do que faz, você consegue um lugar no mercado, mesmo que isso demore algum tempo. E não se contente com graduação. Se qualquer lugar serve pra quem não tem aonde ir, então se perca em informações fazendo bom uso da internet que você tem ;)

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